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A doença renal policística (conhecida pela sigla em inglês PKD, de Polycistic Kidney Disease) afeta homens e mulheres e normalmente está associada a fatores genéticos. A principal característica é a formação de várias dilatações (semelhantes a bolhas ou cistos) nos néfrons, as unidades funcionais do rim encarregadas de filtrar o sangue e eliminar a urina. Em cada um dos rins, existem de 600 mil a 800 mil néfrons.

 A presença nos rins de poucos cistos simples e isolados, após os 50 anos de idade, é considerada normal. No entanto, a presença de grandes quantidades pode ser um problema. De progressão lenta, a doença pode levar décadas para se manifestar. Na maioria dos casos (85%), a causa é uma mutação genética (gene PKD1). Nos demais, o gene afetado é o PKD2. Casos mais agressivos podem ocorrer quando o PKD1 é impactado, pois nessa situação os cistos surgem e crescem mais rapidamente. A consequência mais grave é a perda progressiva das funções dos rins e a destruição do tecido que os reveste, levando à insuficiência renal crônica.

Sintomas como dores lombares, náuseas, presença de sangue na urina e ocorrência de infecções urinárias podem ser indicativos da doença, cujo diagnóstico pode ser confirmado por exames de imagem )ultrassom, ressonância magnética e tomografia computadorizada).

Atualmente, a abordagem médica busca aliviar os sintomas e realizar um controle de complicações. Ainda não há um tratamento específico. As pesquisas visam o desenvolvimento de drogas capazes de inibir a evolução dos cistos renais. Aqueles com casos mais graves são encaminhados para a hemodiálise enquanto aguardam a possibilidade de transplante de rim.

Vale destacar algumas recomendações a quem apresenta possíveis sintomas da doença renal policística: devido à questão genética, parentes de primeiro grau com mais de 18 anos devem ser avaliados; manter a pressão arterial em níveis normais; beber muito líquido, evitar ingestão excessiva de cafeína e não fumar.