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Muitas produções fazem o sexo parecer mais complicado do que é na vida real. Saiba o que diz o sexólogo Danilo Galante

Que os filmes pornôs fazem o sexo parecer rápido, fácil e 100% das vezes prazeroso, é fato. Mas, existem alguns filmes de outros gêneros, e até séries que também fazem a gente acreditar que a transa casual pode acontecem naturalmente, que o sexo anal não precisa de lubrificação, e que as mulheres estão sempre prontas para a penetração.

E ainda mostram cenas quentíssimas de transas que ocorrem facilmente no carro, em escadarias, no banheiro do avião, no chão da cozinha e até em lugares públicos. Sem contar o orgasmo incrível que parece que todos conseguem atingir no sexo.

Na vida real, não é bem assim. Segundo o urologista e sexólogo, Danilo Galante: “Os filmes pornôs, em sua maioria, são feitos para o público masculino, para a fantasia do homem hétero. É preciso levar em conta que assim como um filme de terror é uma produção e não é real”, explica.

Com isso em mente, reunimos os cinco mitos de filmes (pornográficos ou não) que podem estar atrapalhando sua vida sexual real.

Sexo anal ocorre facilmente

Uma das grandes falácias, principalmente dos pornôs, é como o sexo anal ocorre de maneira fácil e natural. Mesmo sendo prazeroso, não é tão simples assim. Danilo esclarece que o sexo anal deveria ser a última parte da relação: “Primeiro é preciso deixar a parceira superexcitada para então chegar nessa região. Sem contar que é uma questão higiênica, a orientação é deixar por último”, orienta o especialista.

Todo mundo curte sexo selvagem

Apesar de uma onda recente de adeptos ao BDSM, e os curiosos em curtir um lance com ares de 50 tons de cinza, nem todo mundo sente prazer vivenciando sadismo ou masoquismo. Algumas séries e filmes, indicam que a violência pode ser excitante e muitas vezes não é assim.

Para Danilo é preciso saber diferenciar um sexo intenso e gostoso de um violento e abusivo: “As pessoas confundem sexo com vontade, com a violência, tapas e perfis sadomasoquistas. E não é bem assim”, desmistifica ele.

E é preciso lembrar que para o sadomasoquismo funcionar, é essencial ter o perfil sádico, e o perfil masoquista, e nem sempre esse “casamento” existe. Logo, é mais um mito que não é tão comum assim no dia a dia.

Gozada casual

Sabe aquela cena que o casal transa na cozinha, na sala, na balada, no carro, ou em qualquer lugar, assim que rola o clima? Surpresa: ela não acontece diariamente na vida da maioria das pessoas.

Mesmo em filmes que não são exclusivamente pornô, cenas de sexo casual são comuns e na prática, pode não ser bem assim.

A mulher está sempre pronta

Quando se trata de ficar com tesão, homens e mulheres percorrem caminhos diferentes. O homem é mais imediato. Na maioria dos filmes pornôs, a sequência não obedece à ordem: você pula desejo e excitação e cai direto na ereção e no orgasmo.

Para Danilo: “A lógica segue a do imaginário masculino, que a mulher estará excitada e pronta, sempre querendo sexo. E acaba pulando o básico que é a conquista, e esquecem de mostrar que a mulher começa a se excitar admirando a parceria”, explica.

O orgasmo vem facilmente

O mesmo acontece naquela cena que todos os envolvidos na transa, chegam ao clímax juntos. O sexólogo lembra que as pessoas não são constantes e é mais difícil todos os envolvidos na relação terem o mesmo nível de desejo um pelo outro.

Ele ainda aponta as condições que afetam homens e mulheres como: vaginismo, ejaculação precoce e ausência de ejaculação que acometem grande parte da população. Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), um em cada três homens tem ejaculação precoce no Brasil, e cerca de 30% das mulheres não chegam ao orgasmo em uma relação.

“Se você somar, vai ver que a parcela de pessoas que estão aptas a chegar a um orgasmo é pequena. Menor ainda as chances de ser ao mesmo tempo”, completa.

Os casais que estão passando por algum problema na vida sexual, devem lembrar que sempre existem soluções. A orientação do sexólogo é simples: “Quem quer melhorar a vida sexual deve, primeiramente, identificar o problema; reconhecer que algo não está normal e procurar um especialista”, sugere.

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